segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Ensino Religioso - Turmas 91 e 92 - Judaísmo


O que é o Judaísmo




Judaísmo - História e Origem



                                           






terça-feira, 8 de novembro de 2016

CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS - 5ª PARTE (101, 102, 103, 104)


CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS - 4ª PARTE (101, 102, 103, 104)

ATENAS

Política
Ao estudar sobre Atenas, é preciso lembrar que sua estrutura política evoluiu consideravelmente, se comparada a Esparta. A democracia não nasceu logo no começo, mas foi se moldando ao longo do tempo.
Inicialmente, a Grécia apresentava um governo baseado na monarquia, na qual o rei, um basileu, concentrava funções religiosas e militares.
Com a valorização da terra e o surgimento da propriedade privada, a monarquia dá lugar ao regime oligárquico, fundado no arcontado, cujos governantes exerciam poderes judiciais, religiosos e militares. Havia também o areópago, que consistia em um conselho de aristocratas formado pelos eupátridas e tinha a função de fiscalizar o arcontado.
Mais tarde, o poder dos eupátridas, que compunham o arcontado, foi contestado após as reformas de Sólon e a ascensão econômica da classe dos comerciantes. Nesse período, a Grécia conheceu a tirania, na qual Pisístrato, apoiado pelos pequenos proprietários, dividiu as terras dos eupátridas e as distribuiu aos camponeses. Além disso, estimulou o comércio marítimo e remodelou Atenas. Os filhos de Pisístrato, Hípias e Hiparco, tentaram dar continuidade à política empreendida pelo pai, mas foram perseguidos pelos eupátridas.
Por fim, Clístenes, um eupátrida, apoiado pelo povo, derrotou seus rivais políticos e assumiu o poder. Clístenes implantou a democracia, bem diferente da que conhecemos hoje, pois os privilegiados eram os cidadãos, isto é, homens filhos de pai e mãe atenienses.
A insatisfação social gerada pelo povo - ocasionada pelas arbitrariedades praticadas pelos eupátridas - suscitou o aparecimento de legisladores, que ficaram conhecidos como reformadores devido às alterações políticas, amenizando as tensões geradas. Dentre esses legisladores, destacam-se Drácon, Sólon e Clístenes.
Apesar das reformas apresentadas, a prática política da democracia era limitada aos cidadãos, isto é, aos homens, maiores de 18 anos, filhos de atenienses. Essa democracia, portanto, discriminava as mulheres, os estrangeiros e os escravos.
Drácon: em 621 a.C., registrou as leis, que eram apenas orais e repassadas pela tradição cultural, tornou-se públicas. Apesar dessa medida, o controle político continuava a ser exercido pelos eupátridas.
Sólon: empreendeu várias reformas, aboliu a escravidão por dívida e dividiu a sociedade em quatro camadas, conforme a renda. Também constituiu a bulé, um conselho formado por 400 indivíduos eleitos, cuja a função era a de elaborar  projetos de lei. A Eclésia era uma assembleia popular que ratificava as propostas de leis da bulé, e por fim criou um órgão para cuidar da justiça, do qual participavam todos os cidadãos, denominados Helieu.

Clístenes: seu governo simbolizou o fim dos governos tiranos e suas reformas administrativas se caracterizaram pela prática da democracia. Criou o ostracismo, que exilava por 10 anos os indivíduos que, porventura, representassem alguma ameaça à democracia. 


PERÍODO CLÁSSICO

O Período Clássico marcou o apogeu da civilização grega, principalmente de Atenas. A base econômica continuou agrária, marcada pelo predomínio dos grandes proprietários de terras. Por outro lado, também houve um desenvolvimento considerável do comércio e o crescimento do número de comerciantes, que conquistaram prestígio social, econômico e político. Outros ramos da economia também cresceram, como a produção cerâmica e a metalurgia. No aspecto arquitetônico, nas artes plásticas, os gregos nos deixaram grandes obras.
Apesar do crescimento econômico, as cidades-Estados ainda prevaleciam no cenário político, e a escravidão era cada vez mais utilizada para a manutenção do sistema.
Esse período também foi marcado por conflitos externos e internos. Cabe lembrar que os gregos dominavam extensas regiões do Mar Mediterrâneo, o Mar Negro e parte da Ásia Menor. Enquanto os gregos viviam uma era de expansão e esplendor, os persas avançavam para o oeste, colocando em perigo as cidades-Estados próximas ao Mar Negro e na Ásia Menor. Não demorou para que os persas liderados por Dario I atacassem Mileto e várias ilhas, como Samos e Lesbos. Mesmo com as tropas enviadas por Atenas, os persas acabaram por destruir Mileto, ameaçando, a partir de então, todo o território grego. Assim, tiveram início as Guerras Médicas.

CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS - 3ª PARTE (101, 102, 103, 104)

ESPARTA

A pólis Esparta foi fundada pelos dórios, no século IX a.C., dominando os povos que habitavam essa região (Pe  nínsula do Peloponeso, Planície da Lacônia), a qual, diferentemente de outras pólis gregas, possuía terras férteis para a agricultura. Essa característica incomum às outras cidades-Estados contribuiu para o fortalecimento de sua principal marca: o militarismo. Esparta desenvolveu-se sem a necessidade de ligações com o mar. Sendo assim, a base de sua economia estava voltada para a agricultura e muito pouco para o artesanato e o comércio. Por isso, acabou isolando-se das demais pólis, por volta do século VI a.C.

Sociedade
A sociedade espartana não conheceu a mobilidade social, devido ao seu próprio isolacionismo, provocando pouco desenvolvimento no comércio. Estava dividida em esparciatas, periecos e hilotas.
Os hilotas representavam a maioria da população, o que colaborou para o isolacionismo em Esparta, que edificou a sua estrutura educacional no militarismo, preparando-se para uma eventual defesa territorial ou revolta interna, por parte dos hilotas.

Educação
A educação espartana era voltada para o militarismo, valorizando a aptidão física. Toda criança nascida em Esparta era inspecionada logo nos primeiros dias de vida, sendo considerada apta ou não. As crianças que apresentavam alguma deficiência física eram sacrificadas.
Os meninos eram separados de sua família aos 7 anos de idade e seguiam para a instrução militar, sendo o Estado o responsável pela sua educação até os 18 anos, quando estavam aptos a compor as fileiras do exército espartano como hoplitas. Aos 30 anos, podiam participar da vida política e somente aos 60 anos deixavam de ter suas obrigações militares, para participarem com maior efetividade na política, podendo ser representantes dos espartanos.

Guerra perpétua
Esparta vivia em permanente estado de sítio. Surgida como um pequeno conjunto de aldeias, em torno do século X a.C., Esparta se desenvolveu agressivamente nos dois séculos seguintes para se tornar a maior cidade-Estado grega em território. A base da sua expansão estava na aquisição de terras, de cidadãos livres para pagamento de taxas e de escravos, chamados hilotas - prisioneiros de guerra de outras regiões, que eram obrigados a realizar o trabalho braçal.
Apesar de a escravidão ser um traço comum em praticamente todas as comunidades gregas daquele período, os espartanos foram além. Descartaram a tradição quando, diferentemente dos rivais, como Atenas e Argos, passaram a escravizar os seus próprios vizinhos gregos. Os primeiros a cair foram os messênios, que tinham a mesma etnia dórica dos espartanos. Estimativas dão conta de que havia de 10 a 20 vezes mais messênios e cidadãos livres do que espartanos na cidade, por volta de 500 a.C.

Política
O conjunto de leis espartanas surge com Licurgo, legislador lendário de Esparta, em uma época em que a política era exercida pelos espartanos com vistas somente à guerra.
No aspecto político, Esparta obedeceu a um Sistema oligárquico aristocrático, definido da seguinte forma: diarquia, gerúsia, éforos e ápela.
Na sociedade espartana, as mulheres possuíam maior liberdade do que em outras cidades-Estados, como em Atenas. Enquanto as espartanas eram providas de educação para atender às suas necessidades - elas podiam até mesmo locomover-se sozinhas pela cidade, exercitar-se ao ar livre e participar da política e da administração do lar com o marido, as atenienses eram educadas (pelas mulheres mais velhas) somente para os cuidados do lar, ficando enclausuradas em suas residências

ATENAS
A cidade-Estado de Atenas surgiu da unificação de diversos focos de povoamento de tribos indo-europeias (aqueus, eólios e principalmente jônios) que, por volta do século X a.C., instalaram-se no sul da Península Grega, na região da Ática.
O solo pouco fértil da região foi decisivo para o desenvolvimento econômico voltado para o mar, apesar do cultivo de cereais e de oliva. A fundação de colônias atenienses ampliou o comércio com as demais cidades-Estados gregas.
Após a unificação e a organização de Atenas em torno da economia voltada para o comércio marítimo, a produção agrícola dos pequenos comerciantes entrou em decadência, fazendo-os perderem suas terras para os grandes proprietários e comerciantes, que os tomaram escravos.

Sociedade
Ao contrário de Esparta, a sociedade ateniense conheceu a mobilidade social pelo enriquecimento de comerciantes. Era dividida em: eupátridas, metecos e escravos.

Educação
                Com base nas tradições atenienses, a educação dos homens era integral, ou seja, diferentemente de Esparta, que privilegiava mais o corpo, Atenas buscava um equilíbrio entre o desenvolvimento intelectual e o vigor físico, objetivando desenvolver um cidadão apto a assumir seu lugar na pólis. Apesar de a maior instrução ser voltada para a intelectualidade, as mulheres de Atenas eram excluídas desse processo.

CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS - 2ª PARTE (101, 102, 103, 104)

PERÍODO HOMÉRICO

A característica mais marcante do Período Homérico é a formação das comunidades gentílicas, também denominadas sistemas gentílicos. Essas sociedades eram comandadas por um chefe comunitário - pater -, que coordenava todos os bens de produção, como terras e animais, além de acumular as funções jurídica, administrativa e religiosa. Nesses núcleos, não existia a propriedade privada e a produção era voltada para o consumo.
A procura de terras férteis foi decisiva para que diversos genos se confrontassem, pois formavam uma sociedade com base na produção agrícola, além da expansão demográfica, que aumentou a demanda por espaço e alimentos. No decorrer desse processo, várias sociedades gentílicas entraram em combate e outras se uniram em um dos períodos mais difíceis da Grécia Antiga.
0 Período Homérico é assim chamado porque uma das fontes históricas que nos permitiram conhecer as características daqueles tempos chegou até nós por meio de uma obra escrita por Homero, a Ilíada.
A comunidade gentílica, que se estendeu por quase todo o Período Homérico, ao entrar em decadência, tendeu a perder o caráter comunitário, e o poder foi passando para o basileu, chefe militar supremo.
A divisão das terras entre os habitantes dos genos seguiu uma ordem de proximidade de parentesco com o pater. Sendo assim, os filhos e os familiares próximos receberam as melhores terras agricultáveis (Eupátridas). As terras restantes foram destinadas aos pequenos proprietários (Georgói), enquanto uma parte dos habitantes dos genos foi excluída dessa partilha (Thetas). Após essa divisão, os menos favorecidos pela partilha da terra buscaram novas áreas que lhes possibilitassem o sustento pela agricultura. Essa necessidade tinha motivação qualitativa e também quantitativa, visto que a população aumentava, pois até mesmo os filhos mais novos dos eupátridas e as gerações seguintes ficaram fora da partilha. Além da falta de terras, os constantes conflitos entre os genos provocaram uma nova dispersão dos gregos.
Essa nova dispersão, que encaminhou a população marginalizada para o Mar Negro, a Península Itálica e a Sicília, foi chamada de Segunda Diáspora Grega. A região ao sul da Itália ficou conhecida como Magna Grécia.
Essa expansão aliada à amplitude territorial e ao relevo acidentado foram fatores determinantes para a independência político-administrativa desses novos povoados, consolidando a formação de cidades-Estados, ou pólis, dando início ao Período Arcaico.


PERÍODO ARCAICO

Ao final do Período Homérico, as terras foram privatizadas e as comunidades gentílicas se desintegraram. Essas transformações deram origem a uma oligarquia, comandada por aristocratas ligados à produção agrícola e à guerra, fatores que favoreceram a formação das pólis. Foi durante esse período que o arrebatamento de terras pela aristocracia ficou mais evidente e a escravidão por dívida de camponeses pobres tornou-se mais intensa. Apesar do aumento considerável do número de escravos durante o Período Arcaico (século VIII ao VI a.C.), a base da economia continuava a ser a agricultura, mesmo com o surgimento do comércio e do artesanato, que também ganharam um grande impulso com a produção (cunhagem) de moedas.
Mais de cem cidades-Estados surgiram durante o Período Arcaico e apresentaram diferentes níveis de crescimento econômico, fator que determinou o desenvolvimento cultural e político. Enquanto algumas cidades conseguiram terras férteis e desenvolveram seu potencial agrícola, outras se lançaram ao mar e conheceram outras culturas e, consequentemente, diversas matérias-primas (cobre, estanho, ouro, prata, cereais e púrpura), destacando-se pelo comércio e pela navegação. O contato com diferentes povos e culturas, no Período Arcaico, fomentou a construção de uma identidade nacional que preservasse suas características.

No fim do Período Arcaico, entre 650 e 510 a.C., em algumas pólis, os aristocratas se mantiveram no poder e constituíram governos tiranos, sendo estes o marco da transição do Período Arcaico para o Período Clássico, momento em que duas cidades-Estados se destacaram pela hegemonia e também pelas suas diferenças: Esparta e Atenas.


CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS - 1ª PARTE (101, 102, 103, 104)

                           A história da civilização grega pode ser dividida em vários períodos:
                                       Período Pré-Homérico: séculos XX a XII a. C.
                                       Período Homérico: séculos XII a VIII a. C.
                                       Período Arcaico: séculos VIII a VI a. C.
                                       Período Clássico séculos V a IV a. C.
                                       Período Helenístico séculos IV a II a. C.







CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS

Período Pré-Homérico: séculos XX a XII a. C.

Características principais da civilização cretense:
- A civilização que os indo-europeus encontraram na Península na Ásia Menor, na atual Turquia, foi a cretense, que se encontrava distribuída desde a Ilha de Creta até a Macedônia. Também conhecida como civilização minoica, se desenvolveu entre os anos de 1.700 a.C. e 1.450 a.C..
- Sua economia era baseada na agricultura (cultivo de oliveiras, vinhas e trigo), criação de animais e a utilização de materiais de bronze.
- Com o invento da CHARRUA (arado puxado por animais) tornou-se uma atividade exercida pelos homens provocando desta forma mudanças na organização do trabalho e na vida social.
- Com o comércio, temos as cidades pequenas e em algumas encontram-se até palácios fortificados. Podemos citar como exemplos: Palácio de Cnossos, Palácio de Festos e Palácio de Mália.
- Possuíam uma religião politeísta (vários deuses e deusas). As principais divindades eram figuras femininas ligadas, principalmente, à fertilidade. Portanto, podemos dizer que era uma religião matriarcal. Desta forma, a religião minoica se baseava no culto da Grande Mãe, representante da fertilidade e da terra, e relacionam-se com a passagem da vida nômade para a vida sedentária.
- O touro era uma espécie de animal sagrado para os cretenses. Era muito comum a realização de danças e atividades corporais com a presença de touros.
- Os mortos eram sepultados fora das cidades e aldeias, e ocorriam oferendas aos mortos indicando uma crença na vida após a morte. 
 - Com relação à política, o poder se concentrava nas mãos do rei. Este também era uma importante figura de poder jurídico e religioso.
 - Sociedade patriarcal, fortemente organizada, predominantemente pastoril.
- No tocante as artes plásticas, podemos destacar a importância e beleza da arte cerâmica. Também foram importantes os afrescos dos palácios reais (retratavam cenas cotidianas), além da confecção de joias com ouro e pedras preciosas. 
 - Período relativamente pacífico (poucas guerras ou conflitos relatados sociais).
- O berço da civilização grega tem sua origem na civilização cretense. Os cretenses conheceram um período de grande prosperidade até a invasão dos aqueus, que desestruturaram sua cultura, fundando, em seguida, Micenas, no continente.

Características da civilização Micênicas
- O nome da civilização micênica deriva de Micenas, um importante centro da época, desenvolvendo-se entre 2000 e 1400 a.C..
- Os micênicos faziam parte de uma aristocracia de guerreiros, falavam o dialeto jônico e revolucionaram as artes, a engenharia e a arquitetura.
- A organização social da civilização micênica era formada por nobre, trabalhadores livres e escravos. O que diferenciava os escravos dos homens livres era o fato de estes possuírem livre-arbítrio sobre sua força de trabalho, desempenhando funções como carpinteiro, construtor, agricultor ou diferentes trabalhos artesanais.
- Na religião eram politeístas e já cultuavam deuses, como Zeus e Hera, em suas orações pediam por proteção em batalhas, boas safras agrícolas, entre outros.

- Após inúmeras invasões de outros povos de origem indo-europeia, forçaram a população que vivia principalmente na parte continental, na Península Balcânica, a procurar outros lugares, como o litoral da Ásia Menor e as ilhas do Mar Egeu, a essa dispersão se deu o nome de Primeira Diáspora Grega, que marcou o fim do Período Pré-Homérico.