O país que hoje conhecemos como Estados Unidos da América era formado
por treze colônias governadas por colonizadores ingleses. Após a
independência, em 4 de julho de 1776, elas passaram de colônias para
estados. A oficialização do nome Estados Unidos (United States)
aconteceu em 9 de setembro desse mesmo ano, por determinação do
Congresso Continental, órgão legislador na época.
Cada uma das
treze colônias - Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, New
Hampshire, Nova Jersey, Nova York, Pensilvânia, Delaware, Virgínia,
Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia - tinha um
"governador-geral" inglês nomeado pelo rei da Inglaterra e uma assembleia legislativa. Com a independência, tudo mudou. "As colônias
cortaram os laços com a Inglaterra e instalaram uma república. Porém, a
economia do novo país, os Estados Unidos, ainda continuou muito ligada a
da inglesa", afirma David Fleischer, professor emérito do Instituto de
Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). É interessante ainda
observar que a Revolução Americana serviu de inspiração para a
Revolução Francesa, em 1789.
A mudança de colônias para estados
foi um marco regulatório bastante complicado, segundo o professor
Fleischer. "A primeira carta magna - os artigos da Confederação de 1783 -
não deu certo como sistema de governo e os estados procuravam algo que
fosse a contento de todos, coisa muito difícil", explica o especialista.
Os
problemas eram muitos, pois havia estados pequenos e pobres e outros
maiores e mais ricos, e era preciso equilibrar a diferença com uma lei
que atendesse a todos. "Eles então se inspiraram no pensador francês
Charles de Montesquieu e promoveram a separação dos poderes, criando um
congresso, porém deixando poderes e autonomia reservados para os
estados-membros", diz o professor.
Nem tudo ficou resolvido. O
regime escravocrata continuou nos estados do Sul. "Eles queriam incluir
os escravos na contagem da população a fim de calcular a representação
desses estados em número de deputados na Câmara, mas os Estados do Norte
não concordaram", conta Fleischer. Posteriormente, chegaram a um acordo
pelo qual cada escravo seria contado como três quintos (60%) de um
homem livre para calcular a representação. "Este problema finalmente foi
resolvido com a Guerra Civil americana, que terminou em 1865, quando o
Congresso proibiu a escravidão", conclui o professor.
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