domingo, 11 de agosto de 2013

Tectônica de Placas

A teoria da Tectônica de Placas, explica como e por que ocorre alguns fenômenos naturais no interior da Terra para a superfície terrestre, como os abalos sísmicos e o vulcanismo, que ocorrem tanto nos oceanos quanto continente. Esses fenômenos dependem do movimento das placas, sobre o manto. Porém, sua previsão e controle são muito difíceis, devido sua ocorrência repentina. Tectônica(significa): movimento ou deslocamento.
Essa afirmação, proposta pela primeira vez em 1906 pelo cientista alemão Alfred Wegner, denomina-se Deriva Continental. Essas placas movimentam-se em direções diferentes e, por vezes, se chocam umas contra as outras. São essas “batidas” entre as placas que, no passado remoto, fizeram surgir as cordilheiras do Himalaia e dos Andes. Atualmente, elas provocam terremotos e maremotos em diversos pontos do planeta.
Até então, o modelo aceito pela comunidade científica de estrutura interna da terra era o do modelo geoquímico, (organizado a partir da composição química da matéria). Nesse modelo, era impensado a possibilidade de qualquer movimento da crosta terrestre, isto é, ela era vista como uma estrutura fixa. Na década de 1960, surge um novo modelo capaz de explicar, fenômenos como: os abalos sísmicos e o vulcanismo ocorrem tanto nos oceanos quanto em terra. O modelo adotado foi dinâmico, que basea-se no estado físicos dos minerais que compõem a estrutura interna da Terra.
   
Os Escultoras da Terra

Responsáveis pela sustentação de continentes e oceanos, as placas tectônicas modela e modificam o relevo do planeta há milhões de anos.

As placas tectônicas são gigantescos blocos que compõem a camada sólida externa do nosso planeta, ou seja, a litosfera, sustentando os continentes e os oceanos. Impulsionadas pelo movimento do magma incandescente (material em estado líquido-pastos no interior da Terra), as dez principais placas se empurram, afastam-se umas das outras e afundam ou se elevam alguns milímetros por ano, alterando suas dimensões e modificando o contorno do relevo terrestre.



As principais placas tectônicas são:

Placa do Pacífico – Com aproximadamente 70 milhões de quilômetros quadrados, essa é a maior placa oceânica, abrange a maior parte do oceano Pacífico. Ela é renovada em suas bordas, onde há separação das placas vizinhas e a expansão do assoalho marítimo.


Placa de Nazca – Possui extensão de 10 milhões de quilômetros quadrados, e está localizada no leste do oceânico Pacífico, que fica 10 centímetros menor a cada ano, por chocar-se com a placa Sul-Americana. O choque entre essas duas placas originou a Cordilheira dos Andes.

 Placa Sul-Americana – É uma placa continental que possui 32 milhões de quilômetros quadrados. O território brasileiro está localizado no centro dela, onde a espessura é de 200 quilômetros, por esse motivo o país é pouco afetado por terremotos e vulcões.

 Placa Norte-Americana – Possui 70 milhões de quilômetros quadrados, e abrange a América do Norte, a América Central e a Groelândia, além de uma parte do oceano Atlântico. O deslocamento horizontal em relação à placa do Pacífico desencadeia vários terremotos, principalmente na Califórnia.

 Placa Africana – Com 65 milhões de quilômetros quadrados, essa Placa engloba todo o continente africano. A sua colisão com a Placa Euroasiática originou o mar Mediterrâneo e o Vale Rift. A Placa Sul-Americana e a Placa Africana formam uma zona de divergência, ou seja, elas estão se afastando uma da outra, conforme monitoramentos realizados por satélites, elas se afastam cerca de 3 cm por ano.

 Placa Antártica – Consiste numa placa continental com 25 milhões de quilômetros quadrados. A parte leste da placa, que há 200 milhões de anos estava junto do que hoje é a Austrália, a África e a Índia, chocou-se com pelo menos cinco placas menores que formavam o lado oeste.

 Placa Indo-Australiana – É formada pela Placa Australiana e a Indiana, seus 45 milhões de quilômetros quadrados englobam a Índia, a Austrália, a Nova Zelândia e parte do oceano Índico. Forma uma zona de convergência com a Placa das Filipinas, fato que promove o surgimento de ilhas.

 Placa Euroasiática Ocidental – É um “bloco” que possui 60 milhões de quilômetros quadrados, nele estão o continente europeu e o extremo oeste da Ásia.

 Placa Euroásiatica Oriental – Abriga o continente asiático. Sua extensão é de 40 milhões de quilômetros quadrados. Essa placa forma uma zona de convergência com as placas das Filipinas e do Pacífico, sendo uma das regiões com maior ocorrência de vulcões e terremotos do planeta.

 Placa das Filipinas – É uma placa oceânica, localizada no oceano Pacífico. Sua área é de 7 milhões de quilômetros quadrados, nela estão presentes quase a metade dos vulcões ativos da Terra. Forma uma área de convergência com a Placa Euroásiatica Oriental.

 


Segundo essa teoria, a crosta terrestre está dividida mais de 15 placas tectônica de espessura média de 150  km que flutua sobre um substrato pastoso, a astenosfera.

Veja figura abaixo:

Astenosfera: do grego anthenes = fraqueza + sphaira = esfera. parte da camada do manto superior da Terra. Possui flexibilidade no material que a compõe e o que a faz ser moldada ou deformada. É uma das camadas interna que formam a estrutura interna da Terra. Ela recebe tanta energia que impulsiona os diferentes movimentos das placas, que irão deslocar os continentes e os oceanos.
 
Os movimentos das placas podem ser convergentes, divergentes e transcorrentes
 
a) convergente:
O deslocamento de placas do tipo convergente é aquele que promove o choque entre elas, ou seja, as placas se movem no mesmo sentido. Quando isto ocorre as consequências podem ser: fortes tremores de terra e intensa atividade vulcânica que podem originar ilhas ou cadeias de montanhas. A gravura abaixo detalha em um corte vertical a zona de contato entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana

Nesse tipo de movimento as placas tectônicas se Convergem a mesma direção e acabam se colidindo. Nessa colisão sempre uma delas acaba sendo rebaixada e deslocada para baixo da outra retornando à astenosfera. Geralmente são as placas oceânicas que nesse processo acabam sendo mergulhadas na astenosfera entrando em fusão voltando para o manto, transformando se em magma.

No exemplo acima a placa de Nazca mergulha por baixo da placa Sul-Americana aproximadamente 1 centímetro por ano.

OBSERVAÇÃO: Para um melhor entendimento é interessante você click nos links abaixo: 
Limite convergente III


b) divergente

Já o movimento do tipo divergente é aquele em que as placas se movem em sentidos contrários, formando uma zona de dispersão, ou seja, uma zona de separação.


EXEMPLIFICANDO:
Formação da cordilheira Meso-oceânica do Atlântico

Siga o link para ver uma animação:
 
 
c) transcorrente:

É no movimento transcorrente que encontramos a zona de contato entre as placas. Podendo ocorrer terremotos que alteram a superfície terrestre e originando falhas e fraturas na crosta terrestre, ou seja, com áreas elevadas e rebaixadas no terreno.
EXEMPLIFICANDO:


OBSERVAÇÃO:
O movimento da placas existem 3 tipos e sendo que cada um desses movimentos são responsáveis pela origem de um tipo de atividade geológica específica.

Estad movimentos podem ser:

a) - CONVERGENTES ou ZONAS DE SUBDUCÇÃO

A primeira coisa que você deve saber SOBRE ESSE TIPO DE MOVIMENTO é que ELE é DESCONSTRUTIVO.

IMPORTANTE:
Nesse tipo de movimento existe então a destruição de parte da crosta. Por isso é que esse movimento é considerado Desconstrutivos. 
POR QUE?
Porque ele é originado pelo choque de placas que se movimentam numa mesma direção. O que vai ocorrer as seguinte atividades geologicas:
- Fortes tremores de terra;
- Intensa atividade vulcânica;
- e ainda pode originar ilhas ou cadeias de montanhas

b) - DIVERGENTES ou CRISTAIS EM EXPANSÃO.

Também chamadas de “ZONA DE RIFTE”, as placas estão em processo de afastamento (expansão), o material magmático escapa pelas fendas que se abrem no revestimento externo da Terra, formando um novo assoalho oceânico. 
A primeira coisa que devemos saber SOBRE ESSE TIPO DE MOVIMENTO é que ELE é CONSTRUTIVO.

POR QUE?
Porque ele é originado pela separação de placas (não existe choque de placas) isto é, são placas que se movimentam em direção opostas.
Segunda coisa que se deve saber é que esse movimento só ocorre entre palcas oceanicas o que vai ocorrer apenas nas seguintes atividades geologicas: Surgimento de uma nova crosta oceanica.
Por que?
Como as placas estão em processo de separação, o material magmático que existe no interior do manto acaba escapando pelas fendas que se abrem no revestimento externo da Terra(isto é crosta), formando um novo assoalho oceânico.


c) - TRANSFORMANTES OU TANGENCIAL ou ainda CONSERVANTES ou TRANSCORRENTES 

A primeira coisa que se deve saber SOBRE ESSE TIPO DE MOVIMENTO é que ELE é CONSERVATIVO.
POR QUE?
Porque essas regiões onde ocorre esse movimento são Zonas de Conservação porque não há destruição de crostas antigas nem há formação de novas crostas. As placas se roçam uma na outra, o que pode ocorrer  as seguintes atividades geológicas: 
- Tremores de terra (terremotos) que podem alterar a superfície terrestre, nesse caso originando falhas e fraturas na crosta terrestre, ou seja, com áreas elevadas e rebaixadas no terreno. 
 
 
Fontes:

SENE, Eustáquio de. Geografia Geral e do Brasil. - São Paulo: Scipione, 2010. 3v.
LUCCI, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2010.

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